O Convertido. Leitura de Vidas Passadas.

Indagação do regredido: o motivo de passar por dificuldades financeiras mesmo trabalhando muito.

Eventos.

Militar romano; a frase ouvida é um pequeno déspota. A imagem que surge é de uma casa de banhos masculina frequentada pelas pessoas de posse do lugar. Ele olha para tudo e sente-se bem, a casa dava bons lucros, tinha mais algumas, porém aquela era menina dos seus olhos. Repassa mentalmente os bens que possui; propriedades rurais, imóveis de aluguel, cavalos e bigas. Avalia os seus ganhos com as lutas, as corridas e os encontros de aposta de dados. Vez ou outra, conseguia legalmente, uma pequena parte de algum butim. Deixara de participar das guerras externas, já tinha idade avançada para se dá ao luxo de perecer em uma batalha qualquer, aproveitara bastante o período que estava em ação, conquistara sua fortuna com a venda de escravos, escolhia os melhores que podia, não os de força física, mas sim os que ofereciam algo mais, como os educadores gregos e as mulheres bonitas de todas as raças, trouxe muitas para Roma. As vendia por bom preço, mulheres exóticas e atraentes que poderiam gerar outros escravos para seus donos. A vida lhe fora benéfica e agradecia aos deuses da fortuna por isso.

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Do topo dos seus cinquenta anos conseguira muito mais do que esperava. Não sonhara subir tão alto economicamente, viera de uma família mediana, acessara a sociedade através do exército de Roma. Podia-se dizer ser um homem abençoado e feliz.

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Não gostava mais de ficar nos centros das grandes cidades, preferia recolher-se a uma das suas propriedades no campo. Não casara, não sentira necessidade, filhos os tinha com suas escravas. Tratava-os com algumas regalias, mas não permitia comportarem-se como filhos romanos. Já vira muitos homens serem apunhalados pelas suas crias, alguns literalmente, não deseja isso para si. Ao morrer deixaria sua riqueza, para que lhe a concedera, o Estado Romano.

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Os olhos da mulher em súplica não tocaram seu coração, o que tinha ele com as necessidades da plebe, dos escravos e dos servos? Os deuses colocavam a todos em seus devidos lugares. Ela lhe implorava pela sua intervenção na soltura do seu esposo, afirmando que ambos lhe dedicaram anos de vida com seus trabalhos e agora ela sozinha com filhos ainda jovens como suportaria a vida? Como manter a família com seus parcos recursos? Era o esposo que arcava com a manutenção de tudo seus olhos o fitavam com súplica e desespero.

Ele não se comoveu, eram cristãos, escolheram seguir o judeu e agora que arcassem com as consequências. Não se envolveria nessas questões, os adoradores do Cristo estavam sob a mira constante de Roma. Temia-os sim, falavam serem grandes magos, chegando até a levantar os mortos! Todavia ele não estava morto, dependia das suas atividades com os ricos de Roma, definitivamente não iria se envolver.

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Esqueceu por completo o acontecido, vindo a lembrar quando outro servo em conversa lhe contou sobre o fim do homem, devorado no coliseu por feras, a mulher também presa fora queimada viva e as crianças vendidas separadamente. O servo indaga e responde: o que fizeram afinal? Nada, a não ser acolher os doentes e necessitados. Surpreendendo-se e temeroso com as próprias palavras, remendou que deveriam ter se rendido aos deuses para não sofrerem tantas desgraças.

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O que fizeram afinal? O que ele fizera ao final? Sentado na sua cadeira curul passou a matutar em sua vida e na morte. O que seria de tudo que possuía se não a tomada pelo governo de seus bens, já que não tinha herdeiros? Quem pensaria nele após sua partida? Quem derramaria uma lágrima sequer? Percebeu que não existia ninguém que nutrisse por ele um só bom sentimento, que estava só, em sua busca pela riqueza esquecera de fazer amigos, optara por não ter esposa e filhos.

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Passou a procura saber sobre os cristãos, lembrava da mulher que recebendo seu não, absteve-se de lhe lançar qualquer praga, somente baixou os olhos e se foi, da pesquisa começou a frequentar as reuniões dos seguidores de Cristo. Pouco a pouco, foi se envolvendo nas questões das comunidades, auxiliando materialmente, usando de influência para livrar outros das penalidades da lei.

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Nos seus círculos começaram os mexericos sobre a sua transformação, tornara-se cristão e era um absurdo. Breve as aves de rapinas se amontoaram sobre sua vida e visando se apossarem de seus bens denunciaram-no.

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Agora era a sua vez do testemunho. Foi para a arena tranquilo, tudo aquilo não lhe importava mais, nem vida do corpo e nem suas riquezas. Consumido pelo fogo, sentindo as dores da carne ainda pensava o quanto de tempo perdera ao amontoar as riquezas que as traças corroem. Cheio de fé fez a sua passagem.

Link com a atualidade.

Pontuar que você não é hoje o personagem dessa leitura. O tempo passa e nós evoluímos. Trazemos, contudo, algo dessas vidas passadas, que podem ser vistas como aprendizado ou uma prova que fazemos para solidificar nossas melhores decisões.

Os acontecimentos de existências anteriores trazem o potencial de se transformarem em empecilhos para a realização daquilo que julgamos que será nossa felicidade pessoal na atualidade.

Vemos um homem que modificou seu comportamento religioso e mundano. Avaliando a própria existência deu-se conta da fugacidade das coisas materiais, da falta de laços afetivos e do próprio egoísmo. Enredando-se nas comunidades cristãs e sendo martirizado teve o pensamento de que não deveria ter amontado riquezas.

Temos aí um voto de pobreza. Esses votos e acordos, nos estudos da TVP (Terapia de Vidas Passadas), reverberam nas vidas que virão e podem ser a causa de muitas dificuldades das pessoas na atualidade. Nesse caso dificuldades financeiras.

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“A consciência nos dá o poder da mudança”.

A leitura de vidas passadas é realizada à distância. Pelo trabalho pedimos uma pequena contribuição que será revertida na compra de cestas básicas para doações a famílias carentes.

Entre em contato: 81. 996212409. Mallika Fittipaldi

 

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