A Socialite.
Queixa da cliente: O motivo de mesmo com possibilidade não ter construído uma estabilidade econômica ou patrimônio.
Os eventos.
Mulher branca, cabelos escuros, chapéu curto, roupas antigas
ao seu lado um homem de fraque também branco, forte quase gordo, grande e espesso
bigode. Estão a discutir sobre a reforma da casa (palacete/mansão). Ela não
quer que nada dê errado, observa todas as minúcias do projeto, determina ao
marido o que deve ser feito e como ser feito. Que não se poupe moedas será a
melhor casa do condado. Na verdade, já era a melhor, contudo ela sempre quis
mais e mais, nada a contentava, abaixo da perfeição.
O marido apenas sorri, vê a esposa como uma criança cheia de
mimos e infantil, a qual a sua fortuna pode bancar seus desejos.
***
O baile da inauguração é glorioso, os mais abastados estão
presente, homens e mulheres bem vestidos, cobertos de joias e apetrechos caros
da moda. O pátio cheio de carruagens e já alguns pouco carros. Ela iria pedir
um destes ao esposo parecia irem cair no gosto das pessoas.
Está feliz, seu casamento é bom, o esposo maravilhoso, vida
farta e desejos pensados desejos realizados, tocou o ventre menos um, não
conseguira engravida até aquele momento.
***
Para a felicidade do casal ela engravidou. Parecia outra
mulher, esquecida da vida de ‘socialite’, dedicava-se a tudo que se referia a
ter um nenê. Dividia com o cônjuge tudo que comprava, todos os sonhos e
devaneios sobre o futuro filho. Era somente felicidade! A gravidez transcorreu
tranquila e leve, nada a contrariou, o quarto do anjinho todo em branco estava
repleto de móveis e brinquedos. Era a primavera da vida.
O dia do parto foi complicado, sentiu muitas dores, a
criança parecia não querer nascer. Finalmente veio ao mundo e para tristeza dos
pais tinha problemas, não era um anjo perfeito e belo. A situação caiu sobre a
mulher como uma mortalha para tudo que sonhara em relação a filhos.
***
A menina crescia com todas as suas dificuldades enquanto ela
modificava toda a sua vida, envergonhada e entristecida, escondia a criança, as
consultas médicas eram feitas em casa, deixara a moradia da cidade pela do
campo, afastara-se dos amigos e das atividades sociais. Vivia agora para aquela
criatura que gerará, que nem a reconhecia e possivelmente, nem sabia estar
viva.
***
Com o passar dos anos que a visse a desconheceria como uma
antiga coquete, continuava bela, mas de uma beleza austera, triste e reprimida.
Entregou-se a cuidar daquela que lhe fora dada como filha e para ela dedicava
todo o seu tempo. Existia a presença do esposo, porém ele tinha outras
atividades e, no fundo, não aceitava a situação. O fardo era carregado
emocionalmente somente por si.
***
Os problemas de saúde da criança não permitiram que chegasse
nem a pré-adolescência. Faleceu num dia sombrio, falto-lhe a força pulmonar,
deixando de receber o ar que lhe concedia a vida. O enterro foi discreto com
poucos parentes ela e o esposo.
***
Nunca mais foi a mesma pessoa, o sofrimento da filha a
amadurecera muito. Sem gerar mais crianças passou a dedicar-se a crianças doentes
e pobres, atendia as necessidades financeiras de pequena clínica em um bairro
popular de Londres. Tudo fazia sem aparecer e poucos lhe conheciam as
atividades. A sua mudança custou-lhe o equilíbrio do casamento, o esposo já não
encontrava naquela pessoa a mulher com quem se casara e dela se afastou, sem,
contudo, abandoná-la.
***
A cada dia via a miséria do outro e se condoía. Lembrava os
olhos da filha que vez ou outra pareciam lhe reconhecer e quando acontecia
surgia uma tentativa de sorriso nos seus lábios. Era o mais próximo de afeto
que ela recebeu. Buscava naqueles meninos e meninas pobres o amor que poderia
ter dado a sua criança.
Já não era a mulher frívola e infantil, não se desesperara pelo que passara, no íntimo sabia que de alguma forma era seu destino e
simplesmente o aceitara.
***
No envelhecer nada mais tinha do que fora quando jovem se
tornara uma mulher prática e direcionada para ações sociais. Mudara
completamente seus valores, com todas as posses que possuíra a melhor coisa que
pudera dar a filha fora seu amor. Percebendo que os sentimentos e a ação
solidária eram muito, muito mais importantes do que os benéficos da riqueza.
***
Link com a atualidade:
Mulher rica e infantil ao ter uma criança com necessidades especiais foi confrontada com uma realidade que jamais pensara enfrentar. Não abandonou a alma que recebera, ficou ao lado dessa filha até o seu desencarne. A vivência mudou por completo sua visão de mundo e seus comportamentos. Tornou-se engajada em ações sociais e passou a valorizar mais o que se é do que o que se tem.
Essa visão do mundo, pela personagem, pode ser o motivo de hoje, mesmo tendo
condições de adquirir bens, criar um patrimônio e estar financeiramente bem , você tenha usado o seu tempo em ações/coisas que lhe davam sensação de
plenitude de ser e não de ter/acumular propriedades materiais.
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Avaliação das imagens e informações “oriundas” dos
personagens.
O ano de 1886 é considerado o ano de nascimento do automóvel então essa vida deu-se após essa data. Como a personagem nos “disse”: ela iria pedir um destes ao esposo parecia irem cair no gosto das pessoas, deduzo que seja no final do século XIX.
Ainda me foram dadas as seguintes informações:
Tinha casa no condado. O termo condado é usado na Inglaterra para as regiões utilizadas por propósitos administrativos, geográficos e políticos.
Foi também mencionada a ajuda que a personagem dava a
pequena clínica popular em bairro pobre de Londres.
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"A consciência nos dá o poder da mudança".
A leitura de vidas passadas é realizada à distância. Pelo trabalho pedimos uma pequena contribuição que será revertida na compra de cestas básicas para doação a famílias carentes.
Facilitadora: Mallika Fittipaldi.
Contato: 81. 996212409

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