A Mulher Frívola - Leitura de Vidas Passadas
Tema ou questão levantada pela regredida:
o motivo de iniciar bem projetos e depois desanimar.
Os eventos.
Mulher branca,
alta, magra, muito bem vestida com uma saia reta e justa, uma camisa de magas
curtas que parece ser de seda com desenhos florais vermelhos, dourados num
fundo amarelo, um grande chapéu de abas redondas, nota-se sua classe
social/econômica alta. Em uma das mãos uma carteira, da que hoje se usa para
saídas a noite e uma luva, na outra mão segura as de uma menina entre 06 e 08
anos, também branca, cabelos negros e muito bonita, mãe e filha.
***
Noto que a
mulher estar impaciente, seus olhos não param de movimentar-se como quem busca
algo ou alguém. Já a menina é bem quieta, deixando-se comandar pela mãe. Chega
um carro muito luxuoso com chofer que abre a porta para às duas. Ela quase que
empurra a criança para dentro e dá ordens ao motorista para voltarem para casa.
***
A casa é uma
mansão com tudo que eu possa imaginar que dê status a uma construção para essa
designação; exuberante jardim, portão de metal alto e trabalhado, um caminho
que leva a entrada da casa, pilastras, alguns degraus de mármore cinza-claro
até a porta de uma madeira avermelhada e vidros. Ao abrirem a porta surge aos
meus olhos uma residência que lembra as do filme das décadas de 40/50 de
sapateados. Pela roupa da senhora poderemos estar nesse período.
***
A criança
corre para uma grande escada que a levará ao seu quarto sem falar nada com a
mãe, a mulher entrega seus pertences a uma criada, sente-se cansada (mas não
fisicamente), entediada e aborrecida. Tudo tão igual, sem sal, sem novidades,
gostaria de fazer algo novo, tentar algo que aquecesse sua vida, que nesse
momento reconheceu ser frívola.
***
O pensamento
da futilidade da sua existência foi tomando proporções cada vez maior na sua
mente o que a levou a desejar uma mudança, uma meta, algo que lhe preenchesse o
vazio da alma. Não era uma pessoa espiritualizada daí não buscar refúgio em
religiões e sentir-se perdida. A vida social não lhe trazia o mesmo prazer de
antigamente.
A solução veio
através de uma “amiga” que a convidou para participar de uma ação social,
verdadeiramente para essa amiga não interessava a ação caritativa e sim o
aparecer nas mídias como jornais e revistas.
Sem muita
certeza ou vontade terminou por aceitar. Viu-se em meio a uma grande causa,
coisa para ela inesperada, o auxílio a um hospital para crianças com câncer. De
uma ação tímida e desapaixonada foi se envolvendo cada dia mais com as
histórias dos pequeninos acometidos pelo mal. O ápice dessa envoltura se deu ao
conhecer uma pequena paciente muito comprometida e sem saber o motivo, a razão da
sua atenção ter se dirigido para a criança passou a ter com a mesma muita
proximidade. Aquele anjo pequeno conquistou seu coração, parecia amar aquela
desconhecida muito mais que a própria filha. Durante o tratamento da menina a
acompanhou de perto, materialmente nada lhe faltava, pressionava médicos e
enfermeiras para que ela tivesse tudo do bom e do melhor, auxiliava até a
família da garota.
***
Tinha
conversas com a garota, dava-lhe presentes, tocava seus cabelo e rosto. Viu a
pequena fenece pouco a pouco, quando os tratamentos já não faziam tanto efeito.
Acompanhou sua derrocada frente a doença, os cabelos que caíam, os olhos que
afundavam no rosto amarelado e macilento, as carnes que minguavam deixando o
desenho dos ossos a vista, as dores e o mal-estar daquela criatura. Tudo tentou
ao seu alcance para salvá-la e não conseguiu.
***
O féretro, o
cemitério a cova. O caixão desce levando aquele ser que amou como não havia
amado a mais ninguém. Pensou no quanto tinha se esforçado para ajudar, o quanto
lutara para tirá-la das garras da morte, todo o investimento de horas de
trabalho, de cuidados de energia. Fizera o que nuca realizara em sua vida por nada
ou por alguém. contudo, seus esforços não surtiram efeito. Então de que
adiantaram? Deveria não ter se envolvido tanto sofreria menos.
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Tema da Leitura:
O motivo de iniciar bem projetos e
depois desanimar.
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Link com a atualidade:
A personagem
talvez pela primeira vez na vida tinha se importado com outra pessoa, com o
bem-estar de alguém que não ela mesma. Dedicou-se com afinco a salvar a garota
e não conseguindo, sentiu-se frustrada e questionou se valera a pena tanto
esforço.
O sentimento
de frustração da personagem pode estar gerando o comportamento atual em que
você começa bem e depois desiste, perdendo o interesse, pois naquela existência
a persistência no fazer somente gerou dor.
Não percebeu a
rica senhora o bem que tinha proporcionada as crianças e em especial a menina
pela qual se apaixonou.
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“A consciência nos dá o poder da mudança”.
A leitura de vidas passada é realizada à distância. Pelo trabalho pedimos uma pequena contribuição que será revertida na compra de cestas básicas para doação a famílias carentes.
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Facilitadora: Mallika Fittipaldi.
Entre em contato. 81. 996212409

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