A Mulher Frívola - Leitura de Vidas Passadas


Tema ou questão levantada pela regredida: 

o motivo de iniciar bem projetos e depois desanimar.

Os eventos.

Mulher branca, alta, magra, muito bem vestida com uma saia reta e justa, uma camisa de magas curtas que parece ser de seda com desenhos florais vermelhos, dourados num fundo amarelo, um grande chapéu de abas redondas, nota-se sua classe social/econômica alta. Em uma das mãos uma carteira, da que hoje se usa para saídas a noite e uma luva, na outra mão segura as de uma menina entre 06 e 08 anos, também branca, cabelos negros e muito bonita, mãe e filha.

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Noto que a mulher estar impaciente, seus olhos não param de movimentar-se como quem busca algo ou alguém. Já a menina é bem quieta, deixando-se comandar pela mãe. Chega um carro muito luxuoso com chofer que abre a porta para às duas. Ela quase que empurra a criança para dentro e dá ordens ao motorista para voltarem para casa.

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A casa é uma mansão com tudo que eu possa imaginar que dê status a uma construção para essa designação; exuberante jardim, portão de metal alto e trabalhado, um caminho que leva a entrada da casa, pilastras, alguns degraus de mármore cinza-claro até a porta de uma madeira avermelhada e vidros. Ao abrirem a porta surge aos meus olhos uma residência que lembra as do filme das décadas de 40/50 de sapateados. Pela roupa da senhora poderemos estar nesse período.

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A criança corre para uma grande escada que a levará ao seu quarto sem falar nada com a mãe, a mulher entrega seus pertences a uma criada, sente-se cansada (mas não fisicamente), entediada e aborrecida. Tudo tão igual, sem sal, sem novidades, gostaria de fazer algo novo, tentar algo que aquecesse sua vida, que nesse momento reconheceu ser frívola.

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O pensamento da futilidade da sua existência foi tomando proporções cada vez maior na sua mente o que a levou a desejar uma mudança, uma meta, algo que lhe preenchesse o vazio da alma. Não era uma pessoa espiritualizada daí não buscar refúgio em religiões e sentir-se perdida. A vida social não lhe trazia o mesmo prazer de antigamente.

A solução veio através de uma “amiga” que a convidou para participar de uma ação social, verdadeiramente para essa amiga não interessava a ação caritativa e sim o aparecer nas mídias como jornais e revistas.

Sem muita certeza ou vontade terminou por aceitar. Viu-se em meio a uma grande causa, coisa para ela inesperada, o auxílio a um hospital para crianças com câncer. De uma ação tímida e desapaixonada foi se envolvendo cada dia mais com as histórias dos pequeninos acometidos pelo mal. O ápice dessa envoltura se deu ao conhecer uma pequena paciente muito comprometida e sem saber o motivo, a razão da sua atenção ter se dirigido para a criança passou a ter com a mesma muita proximidade. Aquele anjo pequeno conquistou seu coração, parecia amar aquela desconhecida muito mais que a própria filha. Durante o tratamento da menina a acompanhou de perto, materialmente nada lhe faltava, pressionava médicos e enfermeiras para que ela tivesse tudo do bom e do melhor, auxiliava até a família da garota.

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Tinha conversas com a garota, dava-lhe presentes, tocava seus cabelo e rosto. Viu a pequena fenece pouco a pouco, quando os tratamentos já não faziam tanto efeito. Acompanhou sua derrocada frente a doença, os cabelos que caíam, os olhos que afundavam no rosto amarelado e macilento, as carnes que minguavam deixando o desenho dos ossos a vista, as dores e o mal-estar daquela criatura. Tudo tentou ao seu alcance para salvá-la e não conseguiu.

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O féretro, o cemitério a cova. O caixão desce levando aquele ser que amou como não havia amado a mais ninguém. Pensou no quanto tinha se esforçado para ajudar, o quanto lutara para tirá-la das garras da morte, todo o investimento de horas de trabalho, de cuidados de energia. Fizera o que nuca realizara em sua vida por nada ou por alguém. contudo, seus esforços não surtiram efeito. Então de que adiantaram? Deveria não ter se envolvido tanto sofreria menos.

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Tema da Leitura:

O motivo de iniciar bem projetos e depois desanimar.

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Link com a atualidade:

A personagem talvez pela primeira vez na vida tinha se importado com outra pessoa, com o bem-estar de alguém que não ela mesma. Dedicou-se com afinco a salvar a garota e não conseguindo, sentiu-se frustrada e questionou se valera a pena tanto esforço.

O sentimento de frustração da personagem pode estar gerando o comportamento atual em que você começa bem e depois desiste, perdendo o interesse, pois naquela existência a persistência no fazer somente gerou dor.

Não percebeu a rica senhora o bem que tinha proporcionada as crianças e em especial a menina pela qual se apaixonou.

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“A consciência nos dá o poder da mudança”.

A leitura de vidas passada é realizada à distância. Pelo trabalho pedimos uma pequena contribuição que será revertida na compra de cestas básicas para doação a famílias carentes.

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Facilitadora: Mallika Fittipaldi.

Entre em contato. 81. 996212409

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