Um Senhor Entediado - Leitura de Vidas Passadas.

Homem, branco, bastante magro, com uma coroa simples, manto como os reis de contos de fada. Os cabelos são negros, lisos, cortados retos, possuem entradas pronunciadas. O rosto é comprido, lábios finos, olhos redondos e salientes. Encontra-se sentado, no que penso ser seu trono.

O assento estava no fim do cômodo, acima do assoalho do restante do mesmo, o teto de madeira, o assoalho de material escuro, existiam janelas em forma de arcos pontudos que não possuíam nada que as fechasse (como buracos na parede) e algumas cortinas escuras com desenhos dourados e vermelhos enfeitavam as paredes.

***

Puramente entediado, pensa no que fazer para se divertir. Sexo vem à mente, mas já não lhe chama a atenção tem tantas mulheres e homens quanto quiser, já se tornara comum, uma boa refeição seria agradável, mas não é muito de comer, quem sabe assistir uma luta entre os soldados poderia ser aprazível, mas já vira muitas e tornaram-se repetitivas. Queria algo que deixasse seus nervos em alerta, algo novo, emocionante. Esse desejo se fez presente por muitos “dias enevoados” como ele dizia.

***

Ele estar numa sala que parece um refeitório, com uma grande mesa comprida de madeira escura, onde também se encontram outros homens. Sobre a mesa canecas de metal de cor alumínio escuro. Nesse momento surge uma moça para servi-los. Ela é jovem, branca, loira, magra e bonita. Um dos homens vestido espécie de roupa medieval solta uma gargalhada e pergunta ao nobre se ele não quer divertir-se. O homem compreende a indireta, olha para a mulher sem muito interesse, já tivera mais bonitas. Manda que ela se aproxime, faz perguntas sobre sua vida. De olhos baixos ela responde timidamente, sabe da fama do senhor, das suas atitudes bizarras e fica inquieta.

***

Ele descobre que ela é noiva e, nessa altura encontra o divertimento que desejava. Retém a jovem e diz que se o noivo a ama verdadeiramente deveria se comportar como um cavalheiro e vim resgatá-la através de um duelo. A jovem implora, ele não liga. O rapaz é avisado e sem alternativa consente.

***

O dia parece de festa de um lado os nobres cavaleiros se divertem com a cena de um camponês fazendo às vezes de um cavaleiro do outro lado, familiares e amigos oram para que o rapaz se dê bem. Claro que não foi assim, humilhado e torturado naquele pequeno campo de batalha o rapaz morreu. Ao sair do local onde estava assistindo o duelo injusto o homem foi interpelado por uma senhora e um homem idoso. A mulher mãe do rapaz enlouquecida pela perda o amaldiçoava. Ele riu da situação mandou lhe dá algumas chicotadas e saiu com seus amigos.

***

Vieram outros dias e outras noites para seu desespero coisas estranhas começaram a acontecer. Era visitado pelo fantasma do jovem ensanguentado que somente ficava fitando-o sem nada dizer, sonhava com a mulher e lhe ouvia as maldições de que não teria filho sobre à Terra, que ficaria só mesmo entre os seus, sendo abandonado por Deus.

O sentimento de culpa, talvez o que gerava as visões, crescia em forma de medo e crises de pânico. O seu estado mental propiciou o seu afastamento, por familiares, do comando do feudo. Mesmo sendo servido e num quarto confortável sentia que ali era sua prisão, desconfiava de tudo e de todos. Era comum as famílias nobres assassinarem seus chefes para atingirem os tronos. Ficou atormentado com essa ideia de ser enganado e morto, pelos familiares. Mesmo cuidado por eles em seus surtos (esquizofrenia?), preferiria que estivem longe de si.

Viveu nessa agonia o resto de sua vida.


***

  “A consciência nos dá o poder da mudança”.

A leitura de vidas passadas é realizada à distância. Pelo trabalho pedimos uma pequena contribuição que será revertida na compra de cestas básicas para doações a famílias carentes.

Entre em contato:

81. 996212409

Mallika Fittipaldi

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog